Eu Te Amo, Papai (bib.) é um conto de Tibor Moricz que mistura fantasia com ficção científica. A premissa é imaginativa: uma sociedade está organizada por forma a que todas as necessidades dos adultos sejam satisfeitas com base em energia barata, a energia psíquica das crianças que passam o início da vida encerradas em casulos e ligadas a um núcleo central. Mas eis que às tantas aparece uma criança rebelde que arrebanha as outras e as organiza numa greve e numa revolta, o que causa à sociedade os problemas que facilmente se podem antever. Acontece que o protagonista da história é, ainda que muito a contragosto, o pai biológico desse pequeno chefe rebelde, e o enredo flui a partir daí.
Não posso dizer que tenha gostado muito do conto. Embora seja original é também demasiado curto para evitar que todo este complexo pano de fundo tenha de ser explanado ao leitor através de infodumps. Estes são vários, espalhados pelo conto, e alguns são razoavelmente extensos, o que faz com que o texto quase seja mais ocupado com explicações do que propriamente com o avançar da narrativa. Ora isso é algo que não me agrada. Julgo que esta história funcionaria bastante melhor num texto de maiores dimensões. Como está, pareceu-me apenas mediana.
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