quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Lido: Os Dias da Besta

Os Dias da Besta (bib.), de Eric Novello, é uma movimentada noveleta que parte de um acontecimento real, um conflito entre um comandante naval inglês e o Brasil, para construir uma história algo folhetinesca que mistura steampunk, fantasia urbana e horror, e se centra numa série de mortes violentas causadas por um sanguinário metamorfo. A parte steamer da história reside sobretudo numa profusão de sofisticadas engenhocas, que vão desde armas bizarras a autómatos, passando por veículos, lunetas de longo alcance e outras bugigangas, na maioria manejadas pelo herói, um tal Conde de Tunay, misto de inventor, homem de ação e aventureiro. Estas engenhocas são muito pouco verosímeis enquanto objetos tecnológicos, mas o objetivo não é esse; é terem pinta. E isso têm com fartura.

Apesar de não ser grande fã nem da literatura folhetinesca nem desta abordagem ao steampunk (prefiro a via da história alternativa e, dentro desta, a que for mais próxima da ficção científica), li o conto com prazer. Está bem escrito e bem concebido e, dentro dos parâmetros pré-estabelecidos pela abordagem literária que o autor escolheu, funciona bem. Para uma história que se afasta tanto daquilo que eu normalmente aprecio, acabei por gostar bastante mais do que seria de esperar.

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