Profissão de Sonho, de Miguel Góis, é um pequeno conto contado na primeira pessoa sobre o modo como um homem consegue chegar à profissão que desde criança sonhou ter. Onde está a piada, perguntam? Na profissão: o sonho do protagonista era ser representante do governo civil, daqueles que vigiam os concursos e sorteios televisivos. E isso tem piada, interrogam-se? O que é mais engraçado é que tem, e até bastante, pelo menos quando a coisa é desenvolvida como o Góis a desenvolveu. O mais engraçado de tudo é a forma irrepeensivelmente séria como a história é contada, por um protagonista que atribui a máxima importância a atos que para nós, ignaros mortais, pouco passam da irrelevância.
Nada de muito profundo, é certo, mas não é menos certo que este é um texto francamente divertido.
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