Este Eucalyptus é mais um poema, longo, que me pareceu mais interessante do que o anterior, se bem que se Richard Simpson lhe tivesse tirado a organização em versos e estrofes e disposto as mesmíssimas palavras em frases e parágrafos, eu estaria aqui a falar de um conto e não de um poema, sem sequer sentir a necessidade de referir que a prosa é particularmente poética.
Simpson conta aqui uma história. Uma história nostálgica, aparentemente autobiográfica mas pode perfeitamente não o ser, sobre viagens pelas regiões ocidentais dos Estados Unidos nos anos 40 e pelos próprios anos 40, uma viagem de crescimento e descoberta, na qual o protagonista começa rapaz e termina pré-adulto. É uma história sobre aquilo a que os anglófonos chamam "coming of age", um conceito que é semelhante ao nosso amadurecimento mas não exatamente igual.
E também faz uma espécie de declaração de amor à música, e sobretudo ao jazz. Para isso só tenho aplausos.
Quanto ao poema enquanto objeto literário, posso dizer que gostei. Não muito, propriamente, mas gostei. Mas lá está: eu não percebo nada disto.
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