quarta-feira, 9 de julho de 2003

Este ARGOS e os outros (8)

Tem havido alguma turbulência nas categorias do ARGOS dedicadas a premiar a melhor publicação.

Inicialmente era apenas uma categoria, onde se incluíam quer antologias ou colectâneas (isto é: livros de contos), quer revistas e fanzines, ou seja, publicações periódicas (embora por vezes não o fossem lá muito). Foi assim no ARGOS de 2000 e no de 2001, mas em 2002 esta categoria dividiu-se em duas. Nasceu assim a categoria de "melhor livro", que inclui antologias, colectâneas e livros de referência, em 2002 apenas em edição de papel, mas em 2003 incluindo também edições electrónicas. Pelo outro lado, nasceu também a "melhor publicação periódica", englobando revistas e fanzines em papel e, a partir de 2003, também as suas equivalentes electrónicas.

No ano de arranque, houve 10 publicações a ser indicadas nesta categoria, sendo que duas delas foram impugnadas. No ano seguinte, estes números subiram até às 22, com 3 impugnações.

Não são muitos os nomes que surgem duas vezes, e quando isso acontece significa geralmente que se trata de publicações periódicas, consideradas suficientemente relevantes para merecerem indicações sucessivas. É o caso da revista portuguesa Paradoxo, hoje extinta, cujo editor era Daniel Tércio. Também era o caso da Quark, primeiro fanzine editado por Marcelo Baldini, e depois revista editada por Baldini e por Aldo Novak, e entretanto desaparecida. É também o caso do Juvenatrix, fanzine de Renato Rosatti, e das Notícias... do Fim do Nada, fanzine de Ruby Felisbino Medeiros.

Caso diferente é o de Roberto de Sousa Causo, que aparece na lista dos dois anos como editor de dois fanzines diferentes. O português António de Macedo também surge duas vezes, no mesmo ano (2001), através da sua colectânea O Cipreste Apaixonado e da antologia A Viagem, que organizou com Silvana de Menezes. Fábio Barreto surge também como editor do fanzine Intrepid e como co-editor da revista Sci-Fi News. Marcello Simão Branco é também indicado duas vezes, no mesmo ano, pelo fanzine Megalon e pela co-organização da antologia Terra Incognita, mas esta última indicação é impugnada, uma vez que o outro organizador da antologia, Gerson Lodi-Ribeiro, é um dos organizadores do prémio.

E uma vez que isto já vai longo, interrompo aqui a 8ª prestação desta série.

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