Vou agora usar um dos mais ridículos bordões jornalísticos que de tão usados já se transformaram em clichés da nossa imprensa. Preparem-se. Ontem houve cerca de 21 spams a adentrar pela minha caixa de correio. É tão lindo, não é? Nunca canso de me rir quando depois de um "cerca de" aparece um número concreto, específico, nada arredondado. É o delírio.
Enfim... desses "cerca de" 21 spams, acabei por escolher um "Instale-se na internet", que nem sequer precisa de tradução, e escrevi:
Instale-se na internet
Instale-se na internet
meta-se pelos caminhos por que ela se mete
compita em locais em que ninguém compete
ponha o corpo em ponto morto
a acumular gordura
e a viajar em piloto automático
entre a cozinha e a retrete
Quando vierem por si diga que sim
que chegou ao fim
e que a vida dita viva
não é mais que um paradoxo
Mostre-lhes a rede
cada fio, cada nexo, cada nodo
cada paisagem desse admirável mundo novo
e quando lhes vir a vida a fugir
pelos olhos, pela boca
pela pele, retorcida e rouca
instale-os na internet
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