Quinta-feira, a caixa de correio continuava atafulhada, a servir de crivo por onde só passavam poucas mensagens. Muito poucas mensagens. Mais concretamente, 15 mensagens, das quais só pouco mais de metade foram spam genuíno. No meio de tal escassez, ainda assim, apareceu um título aproveitável, à cabeça de uma aldrabice nigeriana: "PLEASE READ". E o spamema que eu fiz é dedicado a uma pessoa que eu cá sei. E ela também saberá, se ler isto:
Leia, por favor
Não que tu morras se não tiveres quem te leia
Não que grites “Que porra! Maldita a velha alcateia
de lobos de olhos amarelos que só gostam de parábolas!”
Não que te aborreças, não que exclames “Arre bolas!”
quando vês quem não gostas ter o sucesso que não tens
Mas o certo é que só estás bem quando te dão parabéns
e que se fosses pedinte em vez da moedinha de vinte
a tua lamúria seria “ó doutor! Leia, leia, por favor!”
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