domingo, 27 de novembro de 2011

Lido: The Grass and Trees

The Grass and Trees, de Eliot Fintushel, é uma novela muito bizarra, que se centra num grupo de metamorfos, capazes de se transformar seja no que for. Têm o nome de shashas, bem ridículo perante olhos portugueses. No meio duma confusa teia de relações interpessoais (ou intermetamorfosais, talvez), o que faz mover a história é a busca que uma personagem particularmente endoidecida leva a cabo, tentando encontrar um irmão. Mas aquilo que esta história tem de interessante é a forma como é utilizado o inglês coloquial e imperfeito dos americanos com fraca instrução, nos diálogos e, em geral, o estilo literário de Fintushel. E temo bem que seja só isso. A história é muito aborrecida, as personagens estão suficientemente mal caracterizadas para nunca se chegar a perceber bem (ou até mal) o que as move, e todo o ambiente dos metamorfos é demasiado disparatado e inverosímil enquanto ficção científica para poder ser levado minimamente a sério. Sim, que é difícil olhar para uma história incluída numa Asimov's como outra coisa que não FC. Mas esta de FC tem pouco, e só não é nada o que tem devido à existência dumas conversas vagamente matemáticas lá pelo meio. Está muito longe de chegar. Não gostei nada desta novela, e o facto de ser tão comprida não ajudou nada a gostar mais. Tem algum interesse literário, mas à parte a qualidade na utilização da língua inglesa não lhe encontrei interesse algum.

1 comentário:

Por motivos de spam persistente, todos os comentários neste blogue são moderados. Comentários legítimos passam, mas pode demorar algum tempo. Como sempre acontece, paga a maioria por uma minoria de idiotas. Parece ser assim que o mundo funciona, infelizmente.