O Homem que Via o Futuro (bib.), tradução tipicamente Argonáutica de So Bright the Vision, é uma coletânea de contos de ficção científica, de Clifford D. Simak na qual, também muito típico da Argonauta, cada conto é apresentado como um "capítulo", fingindo que se trata de um romance. Não, quando eu digo "muito típico" não estou a fazer figura de estilo. Não se trata de caso isolado. Quem nos dias que correm barafusta contra a edição que se vai fazendo em Portugal mostra um completo desconhecimento sobre o caminho percorrido desde o tempo em que coisas destas eram norma. E nem falemos de uma capa muito pouco atraente e que, pior um pouco, nada tem a ver com o conteúdo do livro. Mas mesmo nada.
Mas falemos um pouco sobre a tradução. Eurico Fonseca (ou da Fonseca, como era apresentado sempre que ia à TV falar sobre o espaço) dispensa apresentações para leitores de FC de uma certa geração, visto que lhe passaram pelas mãos largas dezenas de livros. Nunca foi um bom tradutor, mas apresentou muitas vezes trabalho razoável. Neste livro, contudo, esteve muito, muito mal. Fiquei várias vezes com os cabelos em pé, e eu tenho cabelo comprido.
Apesar de tudo o que ficou dito acima, as histórias são em geral boas. Algo datadas, dado o seu meio século de existência, mas boas, com aquela mescla de quotidiano e banalidade e de criaturas extraordinárias que vão intrometer-se nessa banalidade, que é muito característica de Simak. Apesar das muitas falhas desta edição, achei o livro bom.
Eis o que disse sobre cada uma das histórias:
- Os Besouros de Ouro;
- Le.Pra:;
- A Mais Brilhante das Visões;
- Tesouro Galáctico;
Este livro foi comprado.
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