sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Lido: Os Oito Nomes do Deus Sem Nome

Os Oito Nomes do Deus Sem Nome (bib.), de Yves Robert, é uma noveleta de algo a que eu chamaria fantasia a vapor se outros não lhe tivessem já chamado steampunk. Trata-se no essencial de uma história de espionagem, na qual se veem envolvidos agentes das três grandes potências do universo criado por Robert, Inglaterra, França e Portugal, cada uma com a sua especialização particular numa área do conhecimento. Conhecimento, entenda-se, em sentido lato, pois no mundo de Robert a magia funciona mesmo.

O mistério principal a desvendar pela história é qual a especialização portuguesa, se bem que a espécie de prólogo que abre a noveleta forneça ao leitor atento pistas importantes, em especial quando conjugada com o título. As outras duas especializações, que vão sendo reveladas através da rivalidade e troça mútua dos agentes estrangeiros, funcionam como contraponto da portuguesa.

Apesar de me ter parecido um pouco ingénua e, aqui e ali, não tão "limpinha" em termos de escrita e de conceção do enredo como teria desejado, a noveleta agradou-me. Leve, com um pé solidamente implantado nos velhos pulps do início do século XX (mais, pareceu-me, do que nos grandes da proto-FC do século XIX, que normalmente são usados como referência para o steampunk), lê-se bem e diverte. E como eram claramente esses os objetivos do autor, o sucesso foi alcançado.

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