domingo, 1 de agosto de 2010

Lido: Um Homem de Imaginação

Um Homem de Imaginação (bib.) é um conto de Max Beerbohm que não me agradou por aí além. O narrador é um cavalheiro de fortuna, como soi dizer-se, que se vai recompor duma gripe para um pequeno hotel junto ao mar onde no ano anterior tinha conhecido um tal A. V. Laider, o qual lhe contara uma imaginativa história sobre quiromancias, acidentes e destinos. A maior parte do conto é dedicada a um longo flashback dessa história e da conversa de que fez parte, mas quando o autor finalmente traz o leitor de volta ao presente informa-o de que, afinal, o tal Laider é um sujeito com queda para a mentira imaginativa, por intermédio duma confissão do próprio, e acaba o conto sugerindo que outra história mirabolante foi contada durante mais uma conversa. É um conto fantástico, porque acaba por se ficar na dúvida sobre onde estaria realmente o Laider a dizer a verdade e onde estaria a mentir, mais do que pelo fantástico inerente às histórias que o protagonista conta. O que achei? Nem me agradou a estrutura do conto nem este me despertou grande interesse. Nem lhe vi uma conceção particularmente inteligente: há, por exemplo, partes na história que o Laider conta que, apesar de se tentar envolvê-las em grande mistério, são bastante óbvias. Enfim, um conto que não passa, a meu ver, da mediania.

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