sexta-feira, 29 de julho de 2011

Lido: Rum-Cola

Rum-Cola é um conto de Miguel Neto que não me agradou. Com a ressalva óbvia relativa à extrema subjetividade do humor, aquele que aqui há não me provocou nem um sorriso. Ao terminar de ler o conto fiquei com a sensação de que em todas as muitas ocasiões em que o autor teve de escolher entre meter um gag e dar coerência à história preferiu o gag. A opção talvez tenha resultado para quem encontre graça nesses gags, mas não foi o meu caso. A história é fantástica, na medida em que o protagonista é um Pai Natal com todas as características da imagem que a figura tem no imaginário popular, com as suas renas mágicas, os seus atarefados duendes e tudo o resto, salvo não ser tão bonacheirão como é costume ver-se. Tanto assim que, depois de uma conversa com um executivo da sucursal portuguesa da Coca-Cola, que o irrita, decide que basta de natalices, que mais vale deixar tudo nas mãos do Menino Jesus e ir viver para Cuba. E é o que faz. Mas tudo sem fazer vibrar nenhuma corda do meu sentido de humor. Ora, sem que eu achasse graça a uma história que também não tem grande coerência, é natural que o resultado não tenha me satisfeito nem um pouco. É pena.

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