Comadre Morte é mais um continho recolhido por Adolfo Coelho, e volta a ser um conto muito interessante sob um ponto de vista andropológico porque, mais uma vez, mostra um povo muito pouco reverente à beatice católica, o que é tanto mais interessante quando nos lembramos que tivemos por cá uma coisa chamada Inquisição durante vários séculos. O conto, muito curto, relata as astúcias de um homem que, depois de recusar tornar-se compadre de Deus, prefere tomar a Morte como comadre e depois vai-lhe trocando as voltas até ao dia em que se distrai. Há qualquer coisa de vagamente faustiano nesta história, que também deixa um certo sabor de coisa resumida ou de potencial por explorar, como várias das histórias anteriores. Francamente interessante.
Contos anteriores deste livro:
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