A Seita da Fénix é um pequeno conto pseudofactual de Jorge Luís Borges, mais um, mas desta feita afastamo-nos do costumeiro tema literário para nos debruçarmos sobre uma misteriosíssima seita. Há aqui, aviso já, ironia a rodos. Com efeito, a seita é tão misteriosa que nem os seus membros parecem realmente conhecê-la, e ao mesmo tempo conhecem-na perfeitamente. Poderão pensar que esta forma retorcida de apresentar a coisa corresponde a mais um dos labirintos borgesianos, e não andarão muito longe da verdade, mas também não é bem isso. Na verdade, diz-nos Borges, a seita está espalhada por todo o lado, e baseia-se num segredo a uma vez vulgar e sublime, desconhecido e instintivo. Que segredo é esse? Borges não diz, e a vossa suspeita vale tanto como qualquer outra. E eu tenho cá a minha, naturalmente: suspeito que até eu próprio, sem o saber, me tornei há algumas décadas membro da Seita da Fénix.
Felizmente sem consequências.
Que dizem? Uma avaliação? Bem, entre os pseudofactuais este é particularmente divertido. Fiquemos assim.
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