sábado, 18 de março de 2017

Lido: O Vapor do Chique

Ao mesmo tempo semelhante e completamente diferente da Carta Anónima que o antecede, O Vapor do Chique é mais um texto ficcional epistolar, escrito por uma tal Madame S., que na realidade é Rogério Ribeiro. Conta a breves pinceladas três historinhas do "social", às quais falta a solidez que se encontra no texto anterior, apesar de estarem razoavelmente bem escritas. A futilidade, embora presente, não é tão grande como talvez fosse de esperar de uma espécie de crónica social, ainda que o tom genérico seja de comédia de costumes, como num texto deste género teria sempre de ser. Nesse sentido, o autor foi bem sucedido no que se propôs fazer.

Este texto tem também em comum com o anterior (e com vários dos outros, diga-se) a característica de despachar em dois tempos temas e personagens que deixam entrever potencial para ficções mais longas, as quais provavelmente teriam o seu público, ainda que neste caso eu não pertencesse a esse público — a minha paciência para comédias de costumes centradas nas andanças da alta sociedade, sejam steampunk ou quaisquer outras, tende para zero.

Textos anteriores deste livro:

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