Falar de civis em Israel é falar de velhos, crianças, outras pessoas inaptas para o serviço militar e um punhado de (corajosíssimos, porque sofrem pesadas represálias; o meu absoluto respeito vai para eles) objectores de consciência. Não tenho certeza quanto às mulheres, mas julgo que a maioria é também civil, sendo para elas o serviço voluntário. O resto, são militares, no serviço ou na reserva. Israel é, simplesmente, o país mais militarizado do mundo. A léguas da Coreia do Norte.
Por isso, quem acusa os "terroristas" de se esconderem entre civis e pretende com isso legitimar a chacina está também a legitimar os rockets enviados pelos mesmos "terroristas" para áreas residenciais israelitas. Um rocket do Hezbollah que mate indiscriminadamente israelitas acabará por dar com um militar a cada quatro ou cinco pessoas que atinge. É uma melhor relação de vítimas culpadas/vítimas inocentes do que a que têm mostrado as bombas de fragmentação lançadas por Israel, por exemplo.
A não ser, claro, que para esta gente (?) todo o muçulmano e todo o árabe seja culpado por inerência e definição. Mas isso, lá está: não é mais do que anti-semitismo, variedade anti-árabe. Enfim, uma quedazinha para o nazismo...
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