sábado, 29 de março de 2008

Semana

Enfim, uma semana realmente produtiva.

A fronteira do livro passa pela página 172, o que implica 70 páginas traduzidas. Este volume do nosso amigo Martin não se limita a ser maior do que o anterior, em número total de páginas (1177, já vos disse?), mas tem também um tipo de letra mais pequeno. Uma página do anterior não deve ter muito mais do que nove décimos do texto de uma página deste. É uma trabalheira dos diabos, que deixa muito pouco tempo para outras coisas, especialmente coisas que impliquem escrever. E ainda por cima tem versos...

No wiki, subiu-se até às 11 288 páginas, 156 a mais. Felizmente, no wiki quase não se escreve nada, é só colheita e organização de dados. E isso, mesmo quando já não se consegue pôr uma frase a seguir à outra, ainda se faz bem. É como se fosse toda uma outra zona do cérebro a funcionar, uma zona deixada em descanso pelo esforço linguístico e que surge ansiosa por fazer alguma coisa assim que este se interrompe.

Quanto a leituras, vão acontecendo muito devagarinho e muito dispersas por vários livros simultâneos e ainda não foi desta que terminei algum. Mas tenho uma história gira para contar.

Um dos contos que li tratava de uma estranha e mortal epidemia que teria atacado primeiro a Inglaterra e depois se espalhou pelo resto do mundo. Uma história de ficção científica passada na época em que foi escrita, ou pelo menos num futuro próximo (e no nosso passado, que o livro já tem uns anos largos). A tradução, de uma tradutora que fez trabalhos interessantes mais tarde, é resumível no aparecimento, a páginas tantas, de uma tal "organização internacional QUEM". Ao ler isto eu pensei com os meus botões: "QUEM?! Mas que raio?!" Continuei a ler, mas a história do QUEM não me saía da cabeça. Que estranha organização internacional teria a sigla QUEM? Foi então, subitamente, que se fez luz: "quem", em inglês, diz-se "who", e WHO são as iniciais da World Health Organization, ou seja, a Organização Mundial de Saúde, ou seja, a OMS. A tradutora traduziu a sigla como se fosse uma palavra!

Imaginam o tamanho da gargalhada, não imaginam?

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