Para todos os que gostam de ficção científica, o dia 19 de Março de 2008 é um dia triste: marca a morte de uma das mais brilhantes sentinelas do futuro que iluminaram o século XX. Clarke foi indiscutivelmente um dos melhores, apesar de alguns pecados literários cometidos no fim da carreira, e será assim que será recordado no futuro que ajudou a construir.
Morreu aos 90 anos, deixando-nos largas dezenas de contos e 33 romances, alguns dos quais escritos em parceria com outros autores, e até está bem representado em tradução portuguesa, contrariamente ao que acontece com muitos outros. O último, escrito em parceria com Stephen Baxter, foi editado no ano passado e fecha a trilogia "Time Odissey" que se desenrola no mesmo universo do grande clássico que é 2001: Odisseia no Espaço (o qual, ao contrário do que há-de ser dito por aí, não é a inspiração para o filme do Kubrik, antes a consequência de Clarke ter elaborado o argumento do filme com o realizador, baseando-se num conto seu de 1951: A Sentinela) e restante série. Fala-se de um livro inteiramente seu, intitulado The Last Theorem, desde 2006. Se chegar a ser publicado, Clarke já não o poderá folhear.
Ontem foi um dia triste para quem gosta de FC. Mas não muito. Afinal, as palavras que Clarke escreveu perduram, prontas a serem lidas por gerações de novos leitores. E o mundo em que vivemos é dele consequência em mais do que um sentido. E além disso, a ficção científica tem perdido muita gente nos últimos anos. Muita gente mesmo. Já começamos a acostumar-nos a perder os monstros sagrados.
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