Como sou um tipo ocupado, e um grande infiel, nunca na vida iria de peregrino a Fátima. Mas a verdade é que não custa nada cobrir todas as possibilidades. Que isto nunca se sabe. De modo que tive uma ideia peregrina, vesti-a de batina, arranjei-lhe farnel, dei-lhe uns cobres e pu-la a caminho.
Não chegou lá. Conheceu uma brasileira vuluptuosa ali para os lados da Ota e acabou, bêbada e sem cheta mas divertidíssima, numa pensão de Rio Maior.
Nada a fazer. Eu sou assim. Até as minhas ideias peregrinas são umas pecadoras do catano.
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