Eis que chega ao fim mais uma semana, na qual, além de ser enfiado à força numa polémica que não me dizia respeito (há por aí uns tipos que não vos digo nem vos conto...), fiz coisas bem mais úteis, a saber:
Trabalhei. O livro está agora traduzido até à página 178, mais 50 do que na semana passada. Faltam portanto 212, e o plano de chegar ao fim de Setembro com, no mínimo, metade da tradução feita vai ser cumprido.
Wikibuli (palavra nova. Atenção, senhores dos dicionários). O wiki soma agora 14 169 páginas, mais 122 do que há uma semana, curiosamente tantas novidades quantas tinha havido na semana anterior. Crescimento mais estável do que isto é impossível.
E li. Foi mais uma semana que passei principalmente com coisas grandes, que não acabei, mas também li (e acabei, claro) uns quantos contos. Li Perseguição, de Octávio dos Santos, outro dos contos razoavelmente bem conseguidos deste autor, sobre um homem que se vê mergulhado num pesadelo de perseguições sucessivas. Um conto onírico com a sua força. Na verdade, a este trabalho só faltaria um maior polimento de escrita para ser um bom conto. Também li Liberdade em Segurança, do Mário-Henrique Leiria, um pequeno conto insólito sobre um julgamento sui generis em estado policial. Também do MHL, li Manifestação de Apoio, conto sobre aquilo que acontece quando o primeiro-ministro vai agradecer a manifestação espontânea de apoio e... perde o apoio. Apenas a Lua é um conto algo poético (e terrível) sobre a impossibilidade de amor em tempo de guerra. A Crise Económica é um conto com fortes toques de horror sobre uma família carnívora que, em tempos de crise económica, recebe um general para o jantar. E ainda do Mário-Henrique Leiria, li Um Dia na Vida de Etelvino, conto de distopia política futurista em que reverbera algo de Orwell, mas claro que a iconoclastia e humor característicos do Mário-Henrique predominam. Tudo muito bom. MHL devia ser ensinado nas escolas. Por fim, li, em estrangeiro, A Democracy of Trolls, de Charles Coleman Finlay, uma magnífica novela sobre a vida de uma mãe ogre que adopta um bebé humano depois de perder o seu filho. E apesar de meter ogres, não me parece que seja um conto de fantasia, mas de ficção científica. Lendo-o percebe-se, especialmente se se tiver algum conhecimento sobre os comportamentos dos nossos primos antropóides. Excelente.
E é só. Para a semana haverá mais, embora provavelmente não ao sábado. É que, se tudo correr bem, sábado deverei estar em Lisboa, no Fórum Fantástico. Apareçam por lá.
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