Uma das maiores perversões da imprensa livre é que publica (livremente) seja o que for que lhe é fornecido sob a forma de "última hora", sem se preocupar em confirmar os factos, por medo de perder a manchete. No que toca à propaganda de curto prazo é precisamente tão indigna de confiança como a imprensa controlada. Mas como é "livre", as pessoas tendem a acreditar nela, o que não acontece quando se sabe que existe censura. E o que isto quer dizer é que a "imprensa livre" é mais eficiente como meio de distorcer a percepção pública dos factos do que a imprensa controlada.
O nosso mundo é do caraças, não é?
Eu tenho uma regra: não aceito como verdade seja o que for que apareça como "notícia" a respeito de situações em desenvolvimento. Até que essas "notícias" sejam confirmadas por relatórios independentes, é tão provável que sejam informação como desinformação.
Só gostaria que mais gente fizesse o mesmo.
quarta-feira, 3 de setembro de 2008
A imprensa que temos
Complementando de certa forma este magnífico post do Daniel Oliveira acerca do momento mediático que atravessamos em Portugal, transfiro para aqui a maior parte de um comentário que deixei há dias num dos meus blogues preferidos (yes, I'm a sucker for space stuff. So?). Mais genérico e não tão focado nas "ondas mediáticas" de que o Daniel fala, parece-me que aponta para outro sintoma do mesmo problema. Cá vai:
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário
Por motivos de spam persistente, todos os comentários neste blogue são moderados. Comentários legítimos passam, mas pode demorar algum tempo. Como sempre acontece, paga a maioria por uma minoria de abusadores. Parece ser assim que o mundo funciona, infelizmente.