quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Coincidência cósmica

Um dos vários livros que tenho actualmente em leitura (sete, mais uma revista), um dos dois romances (os outros são livros - e revista - de contos), e, na verdade, o único de que se pode dizer com propriedade que já comecei (e estou quase a acabar), visto que do outro não li mais do que um punhado de páginas, é A Invenção de Leonardo, título que em Portugal foi dado a Pasquale's Angel, de Paul McAuley. Publicado pela mesma Saída de Emergência que tantos livros do Martin (e não só) me tem dado para traduzir.

Não tem nada a ver, mas um dos blogues que visito com maior regularidade e de que mais gosto, fruto da minha velha pancada por tudo o que tenha a ver com o Universo, é o Universe Today. É aí que obtenho a minha dose quase diária de notícias espaciais. Não é o único sítio, mas é provavelmente o principal. E além das notícias tem uma espécie de jogo, uma imagem espacial por semana, que os frequentadores deverão tentar identificar. Costumo jogar. E até acerto com uma certa regularidade, pelo menos quando não se põem com galáxias e nebulosas, que tendem a parecer-me todas iguais.

Foi o que aconteceu hoje. Reconheci de imediato a imagem, de Tritão, a maior lua de Neptuno, e lá fui deixar a notinha. Calhou ser o segundo comentador a fazê-lo, e o primeiro a dar a resposta certa, mas houve outro comentário a entrar segundos depois do meu (a hora dos dois é idêntica), também com a resposta certa. De quem?

Do Paul McAuley.

A sério. Se não é ele, é alguém que não só se apropriou do nome como liga para o blog dele, o que me parece muito pouco provável.

Ou seja, o autor do romance que estou a ler neste momento, publicado pela "minha" editora, põe um comentário quase idêntico ao meu, no mesmo blogue que eu, segundos depois de eu lá deixar o meu.

What are the odds?

Claro que quem puser uma destas numa história é imediatamente ridicularizado por quase toda a gente por usar um plot device tão inverosímil. Quem é que acredita em coincidências cósmicas? É preciso ser pateta de todo, não é?

Não é?

Pois é.

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