sábado, 30 de maio de 2009

Semana

E o tempo lá continua a minguar, os dias a fundir-se uns nos outros num continuum uniforme, e as semanas passam com a velocidade dum TGV, agora vem aí, e num instante vuuuch, já lá vai.

No livro restam 102 páginas. Duas semanas e picos, ou talvez simplesmente duas semanas, dependendo do estado da cabeça e do efeito que trouxerem os remates da nossa amiga Robin. O desta semana trouxe um poema. O último. Ficou porreiro, parece-me.

O wiki não tugiu nem buliu. Passou uma semana de férias. Às vezes tem de ser.

E no que toca a leituras, também não foram propriamente abundantes.

Li O Reflexo do Espelho, conto de Ray Bradbury com uma atmosfera vagamente mágica sobre as relações de dominância e submissão entre duas gémeas de meia idade. Este é mesmo muito bom.

E li A Novela da Chancela Negra, de Arthur Machen, novela que descreve as investigações de um cientista inglês, o qual descobre um artefacto com estranhas inscrições que lhe vai abrir as portas para algo de tenebroso, tudo contado por uma jovem arrolada por ele para lhe servir de testemunha. Gostei francamente mais do que de O Grande Deus Pã, apesar da estrutura desta história ser mais tradicional. Ressoou melhor cá dentro e manteve-me atento, em vez de me dar sono.

Li também Inspiração, de Victor Kolupaev, um conto fantástico sobre um operário que em tempos idos pintou e passadas décadas regressa ao seu antigo passatempo. Mas quando o quadro é exposto, todos os que o observam vêem coisas diferentes. É interessante, embora não seja memorável.

E li Tudo para Nada, conto surrealista de Rhys Hughes que parte do extravio de um pequeno cão e vai por aí fora com a textura dos sonhos mais desconexos, saltitando de tema em tema com a agilidade dum filme do Daffy Duck, embora sem nenhum do seu frenesim. Interessante, mas falta-lhe um fio condutor mais firme para me agradar mesmo a sério. O onirismo também pode ser excessivo.

E, resumidamente, foi isto. Agora com licença, que tenho aqui umas páginas a chamar por mim.

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