El Arma é uma noveleta de ficção científica do cubano Yoss que nos leva a um planeta distante chamado Barsoom. Não, não se trata do Marte de Burroughs, mas sim de outro planeta, assim batizado em honra daquele, por apresentar um ambiente bastante semelhante. O planeta, contudo, é um enigma biológico. Aparentemente desprovido de vida moderna, apresenta uma inaudita riqueza de restos fossilizados que, no entanto, não se conseguem encaixar numa história evolutiva que faça o mínimo sentido. Numa base avançada, humana, encontram-se dois grupos de pessoas com objetivos paralelos. A maior parte do pessoal é militar, mas há também alguns cientistas civis. Ambos os grupos se dedicam ao estudo do planeta, mas com objetivos bem diferentes. E tudo isto tem importância para o desenrolar da história, que no entanto é movida principalmente a relações humanas. Uma velhíssima história de triângulo amoroso envolvendo um militar desdenhoso, um caixa-de-óculos alheado e uma mulher sexualmente hiperativa e infiel. O conto está muitíssimo bem escrito e muito bem concebido, embora perca um pouco de fulgor mesmo no fim. É um belo conto de ficção científica dura, daqueles que fazem ter muita, muita pena que tanta gente pareça só ter olhos para aquilo que é escrito em inglês. Porque este conto é melhor do que a grande maioria dos contos escritos em inglês. Merecia ser traduzido, publicado, antologiado e, acima de tudo, lido.
Leiam-no aqui.
Convenceste-me: Estou a imprimir (coisa que rarissimamente faço!) este texto para lê-lo à vontade.
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