O Cheiro do Pensamento é mais um dos pequenos contos do Luiz Bras, embora este até seja dos maiores que se encontram neste livro. Trata-se de um conto a que talvez se possa chamar horror policial, e fiquem desde já avisados de que não é possível falar muito mais dele sem revelar detalhes de enredo, portanto daqui para a frente haverá spoilers.
Apesar do que ficou dito acima, e apesar de nada ter de FC, este é um conto que não se concentra nem na investigação de crimes, nem propriamente na criação de um sentimento de inquietação ou medo, mas na ideia, de uma forma muito característica da ficção científica. E a ideia que o move é a seguinte: e se — o eterno "e se" — um assassino em série resolvesse enviar uma mensagem ao mundo em geral, soletrando-a através das iniciais dos nomes das pessoas que mata? É o processo de descoberta dessa mensagem, e as interrogações que ela levanta a quem a descobre que este conto (sumariamente) descreve.
E sim, é mais um bom conto. Há ali um detalhezinho no início que destoa um pouco, parece-me, mas o todo é francamente bom.
Textos anteriores deste livro:
Sem comentários:
Enviar um comentário
Por motivos de spam persistente, todos os comentários neste blogue são moderados. Comentários legítimos passam, mas pode demorar algum tempo. Como sempre acontece, paga a maioria por uma minoria de abusadores. Parece ser assim que o mundo funciona, infelizmente.