Ah! Depois de um conto apenas mediano, eis-nos de regresso aos grandes contos de Mário-Henrique Leiria, não em tamanho (embora este nem seja tão pequeno como isso) mas em conteúdo. E este traz aquilo que Leiria faz melhor: alienígenas verdadeiramente alienígenas.
Tudo gira em volta de um caso de explosão planetária. O queixoso, um argniano, procura as autoridades para apresentar queixa porque um zkill lhe destruíra o planeta. É esse o Caso XU - 7 ZBA - 35/arq. 26 918 (bibliografia). O argniano é razoavelmente humano na sua psicologia, mas essa acaba por ser personagem secundária. O centro do conto é o zkill destruidor e a sua forma de pensar e agir.
E aqui encontramos o alienígena realmente alienígena com que também nos deparamos, por exemplo, nas ficções de Stanislaw Lem. Um alienígena telepático, mineral, com uma lógica muito própria e quase inerentemente incompreensível, que destruíra o planeta, segundo ele, por acidente, porque simplesmente tentara comunicar. Um alienígena imensamente poderoso, pois, o que leva as autoridades, pragmaticamente, não só a evitar aborrecê-lo mas até a procurar gerar nele um novo aliado. Tudo muito bem feito, de uma forma que muitos autores estabelecidos talvez aspirassem a conseguir igualar caso conhecessem este português meio marginal aos mundos da ficção científica (até porque nunca fez da FC a sua literatura de eleição, apesar de se ter dedicado durante alguns anos a traduzir livros do género). Francamente bom.
E aqui encontramos o alienígena realmente alienígena com que também nos deparamos, por exemplo, nas ficções de Stanislaw Lem. Um alienígena telepático, mineral, com uma lógica muito própria e quase inerentemente incompreensível, que destruíra o planeta, segundo ele, por acidente, porque simplesmente tentara comunicar. Um alienígena imensamente poderoso, pois, o que leva as autoridades, pragmaticamente, não só a evitar aborrecê-lo mas até a procurar gerar nele um novo aliado. Tudo muito bem feito, de uma forma que muitos autores estabelecidos talvez aspirassem a conseguir igualar caso conhecessem este português meio marginal aos mundos da ficção científica (até porque nunca fez da FC a sua literatura de eleição, apesar de se ter dedicado durante alguns anos a traduzir livros do género). Francamente bom.
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