A partir de experiências anteriores com este Magazine do Fantástico e Ficção Científica, há coisas que eu já esperava encontrar neste número 5 (bibliografia): uma mistura entre fantasia e FC nas histórias apresentadas, uma tendência para esta última cair mais para o lado «soft» que para o lado «hard» do género e uma tradução genericamente bastante má. A última destas coisas é problemática, mas não há nada de mal nas duas primeiras. O que não esperava era encontrar este número ocupado em exclusivo com histórias longas.
Tê-lo-ia esperado, claro, se tivesse consultado primeiro o Bibliowiki. Mas não o fiz, e por isso surpreendeu-me encontrar aqui apenas duas novelas e uma noveleta, sem nada mais curto a acompanhá-las. Não sei, naturalmente, que motivo levou o editor a afastar-se desta forma da típica mistura entre histórias longas e curtas nas revistas de género, embora suspeite que possa ter qualquer coisa a ver com o famigerado narizinho torcido do público português face a contos. Talvez tenha sido uma tentativa de dar novo fôlego à revista com histórias mais elaboradas. Se o foi, não resultou: este foi, tanto quanto eu saiba, o último número do MFFC que se publicou entre nós, e creio que mais do que o facto de ser uma revista de contos o que levou a esse desfecho foi principalmente a qualidade invulgarmente deficiente das traduções e da edição em geral (revisão não parece ter existido, a paginação consegue por vezes ser atroz, por aí fora) e talvez também uma distribuição deficiente (só ouvi falar desta revista já na era da internet; na altura em que ela se publicou nunca cheguei a pôr-lhe a vista em cima).
E as histórias selecionadas, francamente, também não ajudaram, e este número é bom exemplo disso. Mesmo sendo forçoso admitir que esta avaliação pode estar tingida pela qualidade do texto português, de fraca a fraquíssima, a verdade é que o que o leitor obtém desta revista é muito pouco. Das três histórias só uma, e logo a mais curta, parece ser boa o suficiente para merecer realmente a leitura. As duas novelas... enfim. A primeira podia ser interessante mas não passa de banal, a segunda é uma chatice pegada. A edição completa-se com um ensaio de Isaac Asimov sobre a questão da existência ou inexistência de alienígenas, que na época é bem capaz de ter sido o texto mais interessante de todos mas que hoje em dia, uns cinquenta anos de ciência acumulada mais tarde, já está bastante datado. A evolução do conhecimento não perdoa.
Enfim, foi leitura que não impressionou. Não posso dizer que tenha sido realmente má, pois afinal de contas sempre houve um texto cuja leitura valeu a pena, mas que deixou bastante a desejar, deixou.
Tê-lo-ia esperado, claro, se tivesse consultado primeiro o Bibliowiki. Mas não o fiz, e por isso surpreendeu-me encontrar aqui apenas duas novelas e uma noveleta, sem nada mais curto a acompanhá-las. Não sei, naturalmente, que motivo levou o editor a afastar-se desta forma da típica mistura entre histórias longas e curtas nas revistas de género, embora suspeite que possa ter qualquer coisa a ver com o famigerado narizinho torcido do público português face a contos. Talvez tenha sido uma tentativa de dar novo fôlego à revista com histórias mais elaboradas. Se o foi, não resultou: este foi, tanto quanto eu saiba, o último número do MFFC que se publicou entre nós, e creio que mais do que o facto de ser uma revista de contos o que levou a esse desfecho foi principalmente a qualidade invulgarmente deficiente das traduções e da edição em geral (revisão não parece ter existido, a paginação consegue por vezes ser atroz, por aí fora) e talvez também uma distribuição deficiente (só ouvi falar desta revista já na era da internet; na altura em que ela se publicou nunca cheguei a pôr-lhe a vista em cima).
E as histórias selecionadas, francamente, também não ajudaram, e este número é bom exemplo disso. Mesmo sendo forçoso admitir que esta avaliação pode estar tingida pela qualidade do texto português, de fraca a fraquíssima, a verdade é que o que o leitor obtém desta revista é muito pouco. Das três histórias só uma, e logo a mais curta, parece ser boa o suficiente para merecer realmente a leitura. As duas novelas... enfim. A primeira podia ser interessante mas não passa de banal, a segunda é uma chatice pegada. A edição completa-se com um ensaio de Isaac Asimov sobre a questão da existência ou inexistência de alienígenas, que na época é bem capaz de ter sido o texto mais interessante de todos mas que hoje em dia, uns cinquenta anos de ciência acumulada mais tarde, já está bastante datado. A evolução do conhecimento não perdoa.
Enfim, foi leitura que não impressionou. Não posso dizer que tenha sido realmente má, pois afinal de contas sempre houve um texto cuja leitura valeu a pena, mas que deixou bastante a desejar, deixou.
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