sexta-feira, 28 de maio de 2010
Lido: Morse de Morte
Morse de Morte é um pequeno conto fantástico, ou até talvez de horror, de Arsénio Mota, escrito na primeira pessoa por uma personagem perturbada com o insólito de ter, no quarto alugado que ocupa, um aquecedor de parede que parece tentar comunicar consigo através de batidas em código morse as quais, no entanto, formam palavras numa língua desconhecida. Magia? Seres do outro mundo? Demónios ou almas perdidas? Algo mais prosaico? O conto não diz, e não é preciso. É um conto que podia ser razoável, ou até talvez bom, mas que é arruinado por um final que se pretende de efeito mas que falha redondamente. É que é difícil criar um efeito final eficaz quando este é revelado logo no título! À parte esse detalhe de primeira importância, o conto constrói bem um ambiente opressivo e nervoso, embora talvez leve um pouco longe demais uma certa tendência para remoer as mesmas ideias. Também não é dos melhores contos do livro, portanto.
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