domingo, 30 de maio de 2010

Lido: O Vírus Entranhado

Pois: mais um caso de título repetido. O Vírus Entranhado, ou por outra, este vírus entranhado, é o livro que inclui o outro. Trata-se, claro, de um livro de contos, alguns bons, outros maus, outros assim-assim. Tudo somado, é um livro razoável que podia ser melhor se o autor tivesse mais vezes resistido à tendência de subir para o púlpito e botar discurso, pregar moral, muitas vezes sem a devida subtileza, em vez de simplesmente escrever as suas ficções, deixando ao leitor a tarefa de tirar conclusões. E também se tivesse resolvido melhor um problema, que se repete, com o modo de encerrar as suas histórias, pois várias foram as que seguiram bem até chegarem ao fim, e aí descambaram. Tinha o potencial para ser um bom livro, mas infelizmente parece-me que não chegou lá. Apesar disso, vale a pena pelos bons contos que contém.

No que toca aos géneros, o fantástico mais clássico surge com frequência, e aqui e ali há alguns sinais de outros géneros como o horror ou a ficção científica, embora a alegoria predomine relativamente a um tratamento realmente "de género" (seja isso o que for) das histórias. Igualmente frequentes, contudo, são os contos puramente mainstream, realistas.

São ao todo 13 contos:

- O Zumbido
- "Shopping Center"
- O Tesouro da Arca
- O Incêndio
- A Fórmula
- O Candidato
- Ponte Franca
- A Verdadeira História de uma Descoberta
- O Jardineiro Descalço
- Toda a Nudez
- O Vírus Entranhado
- Morse de Morte
- A Exploração do Buraco

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