segunda-feira, 31 de maio de 2010

Lido: O Camarote 105

O Camarote 105 (bib.), de Marion Crawford, é mais um conto clássico de fantasmas, desta vez ambientado num vapor, em alto mar. Um passageiro descobre que o seu companheiro de camarote desaparece, e é depois informado pela tripulação de que já não é a primeira viagem em que algo de anormal se passa naquele camarote. Como muitas vezes acontece neste tipo de histórias (e é o próprio autor desta a explicar, pela boca do seu protagonista, que, se assim não fosse, não haveria mais história para contar, o que é um pormenorzinho delicioso), o protagonista, cético, não dá ouvidos ao que se conta e insiste em permanecer no camarote aziago. Só para acordar a meio da noite, cheio de frio, com a vigia aberta, um intenso cheiro a maresia no camarote... e um espectro no beliche de cima.

Não contarei o resto. Digo apenas que é uma excelente história de fantasmas, bem escrita e muito bem construída, que tem a vantagem de explorar territórios que não se vieram a tornar demasiado populares mais tarde e que por isso mantém ainda hoje a frescura intacta. Muito bom.

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