O Sinaleiro (bib.) é um conto de Charles Dickens sobre um homem, sinaleiro de caminhos de ferro, cujo posto é a boca de um túnel, e que é atormentado por visões fantasmagóricas e não sabe o que fazer. As visões são sempre semelhantes: um homem aparece à boca do túnel fazendo gestos estranhos, como que para avisar o sinaleiro contra um acidente específico. Dias depois, esse acidente dá-se. E depois de isto acontecer por duas vezes, o pobre homem está à beira de um colapso nervoso. Por um lado, porque a gesticulação do fantasma não é suficiente para lhe fornecer dados concretos e sólidos, e por outro porque sabe perfeitamente que se tentasse avisar alguém ninguém acreditaria naquilo, o julgariam louco e o mandariam para casa. Tudo isto é contado ao narrador, o qual é um cavalheiro em férias na região, como aliás é da praxe neste tipo de história. E no dia seguinte dá-se um desenlace surpreendente.
Dickens era um mestre deste tipo de histórias, e nesta, publicada apenas quatro anos antes da sua morte, isso é bem evidente. É um conto francamente bom, especialmente na estrutura, no modo como está construído, com tudo no sítio devido.
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