segunda-feira, 8 de abril de 2013

Lido: O Segundo Sol

O Segundo Sol (bib.), de um tal Ruy de Fialho (certamente pseudónimo de alguém, mas é mistério de quem), é uma história adequadamente pulp, entre o (retro)futurismo e a história de espionagem, sobre um hiper-super agente secreto chamado Jaguar Cabala (sim) que, em plena Segunda Guerra Mundial, se infiltra numa base nazi instalada no Alentejo (ah pois), onde uns tipos sinistros estão a desenvolver armas secretas para glória do fürer... e daí talvez não. A coisa mete espaço e tudo. Nada que nunca tenha sido escrito — até já houve filmes com ideias semelhantes — mas a localização lusitana é novidade.

Como já disse e repeti numerosas vezes, não gosto de pulp, com as suas histórias mal escritas, com os seus enredos repletos de chavões, com as suas personagens unidimensionais, e isso quando chegam a tanto. Mas como aqui estamos perante um pastiche, há que verificar se o pastiche está bem feito. E está. Muito bem feito, mesmo: a história é precisamente aquilo que se poderia esperar de uma verdadeira revista pulp editada lá pelos anos 40. Mau, mas bom. Ou vice-versa, nem sei bem.

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