O Cesto é um magnífico continho de Mia Couto, não sobre um cesto, mas sobre uma mulher. Contado na primeira pessoa pela oprimida mulher de um moribundo, traça em poucas e muito poéticas linhas o retrato de uma relação conjugal tradicional e as contradições e rebeldias de um amor que, apesar de tudo, ainda consegue resistir tanto ao abuso como à doença. Muito comovente, em especial para quem conhece bem demais a situação, ainda que as personagens não tenham correspondência imediata com pessoas de carne e osso e afetos.
E esqueci-me de falar do cesto, o que não deixa de ser adequado.
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