Sífilis é um poema de Rui Reininho. E esta frase provavelmente basta para toda a gente (bem, toda a gente portuguesa, pelo menos) ficar com uma ideia bastante concreta do que se pode aqui encontrar. Sim, é parecido com as letras que ele faz para os GNR. Tem a mesma bizarra mistura de nonsense com ironia, de lirismo com badalhoquice, a mesma forma desconexa de ligar frases, versos, ideias, num todo que no final se fica sem saber lá muito bem o que quer dizer, ou mesmo se quer dizer alguma coisa. Sífilis, esta sífilis, obviamente, termina em orgasmo, embora em geral seja por aí que começa. Será esse o tema? Não faço ideia.
Interessante, para o leitor de FC que sou, foi encontrar aqui o nome de Asimov (a mostrar o cu no Central Park, coitado), e também o de Hugo Rocha, esse mesmo que também ando a ler, numa sincronicidade engraçada, além de palavras de ordem dignas de manifestações pós-contemporâneas, exigindo a liberdade para os piratas do espaço ou solidariedade para com os presos dos asteróides. Mas não, o poema não é FC, fantástico, nada que se pareça. É só um bom bocado surreal, e apetece-lhe fazer malabarismos com ícones e expressões da cultura popular. Nada mais.
Se gostei? Nem por isso.
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