sexta-feira, 1 de junho de 2018

Em maio falou-se de...

E cá está mais um destes apanhados mensais, o quinto. Quem frequenta a Lâmpada habitualmente já deverá conhecê-los, e os outros podem dar um salto aqui para saber mais e/ou ir à tag leituras fc para dar uma olhadela aos anteriores. E aos futuros, se só der com isto depois de julho de 2018. Este mês há uma pequena alteração relativamente a meses anteriores, pois passei a fazer uma coisa que não fazia antes: incluir informação sobre o número de vezes que cada obra é comentada ao longo do mês.

E como sempre passo já às listas deixando para o fim dizer mais umas coisas sobre elas.

Ficção portuguesa:
  1. Os Monociclistas, de António Ladeira (2x)
  2. Anjos, de Carlos Silva
  3. A Caverna, de José Saramago
  4. Shark-Killer, de Bruno Martins Soares
Ficção brasileira:
  1. O Último Homem, de Luiz Bras (conto)
  2. Saltitantes Sentinelas, de Luiz Bras (conto)
  3. A Fortaleza, de Day Fernandes
  4. Enquanto Eles não Vêm, de Robson Gundim
  5. Adução: Dossiê de um Transmutado Alienígena, de Pedroom Lanne
  6. O Homem, de Furio Lonza
  7. Guerra à Ruína, de Jonas de S. Martins
  8. Estratégias de Combate, de Carlos André Mores (conto)
  9. O Conto Fantástico, org. Jerônimo Monteiro
  10. Boas Meninas não Fazem Perguntas, de Lucas Mota
  11. A Era dos Mortos - parte I, de Rodrigo de Oliveira
  12. Horror Familiar, de Diogo Ramos (conto)
  13. O Vôo do Ranforrinco, de Gerson Lodi-Ribeiro (conto)
  14. O Filho do Homem, de Roberto Schima (conto)
  15. Cometas, de Cesar R. T. Silva (conto)
  16. Mitos Modernos, org. Leonardo Tremeschin, Andrioli Costa e Lucas R. Ferraz
Ficção angolana:
  1. Barroco Tropical, de José Eduardo Agualusa
Ficção internacional:
  1. Doctor Who: Heroes and Monsters Collection, org. ??
  2. Guerra Americana, de Omar El Akkad
  3. O Poder, de Naomi Alderman
  4. Todos os Pássaros no Céu, de Charlie Jane Anders (2x)
  5. O Conto da Aia, de Margaret Atwood
  6. Oryx e Crake, de Margaret Atwood (2x)
  7. The Player of Games, de Iain M. Banks
  8. As Crônicas de Medusa, de Stephen Baxter e Alastair Reynolds
  9. Ficciones, de Jorge Luis Borges
  10. Matar o Presidente, de Sam Bourne
  11. Os Viajantes, de Alexandra Bracken
  12. The Darkest Minds, de Alexandra Bracken
  13. Fahrenheit 451, de Ray Bradbury
  14. Anjos e Demônios, de Dan Brown
  15. Robô Selvagem, de Peter Brown
  16. Kindred - Laços de Sangue, de Octavia E. Butler
  17. A Longa Viagem a um Pequeno Planeta Hostil, de Becky Chambers
  18. 2001 - Uma Odisseia no Espaço, de Arthur C. Clarke
  19. Armada, de Ernest Cline
  20. Jogador nº 1, de Ernest Cline
  21. Leviatã Desperta, de James S. A. Corey
  22. O Círculo, de Dave Eggers
  23. Um Vento à Porta, de Madeleine l'Engle (4x)
  24. A Libélula Presa no Âmbar, de Diana Gabaldon
  25. Sombra do Paraíso, de David S. Goyer e Michael Cassut
  26. Dez Mil Céus Sobre Você, de Claudia Gray
  27. A Mão Esquerda da Escuridão, de Ursula K. Le Guin
  28. Como Parar o Tempo, de Matt Haig
  29. Os Humanos, de Matt Haig (4x)
  30. Fatherland, de Robert Harris
  31. Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley (2x)
  32. A Incendiária, de Stephen King (6x)
  33. Angles of Attack, de Marko Kloos
  34. Chains of Command, de Marko Kloos
  35. Fields of Fire, de Marko Kloos
  36. Lines of Departure, de Marko Kloos
  37. Points of Impact, de Marko Kloos
  38. Terms of Enlistment, de Marko Kloos
  39. Justiça Ancilar, de Ann Leckie (2x)
  40. O Problema dos Três Corpos, de Cixin Liu
  41. Sonhos na Casa da Bruxa, de H. P. Lovecraft (conto)
  42. Criaturas da Noite / Vigilante Noturno, de Marie Lu (5x)
  43. Warcross, de Marie Lu
  44. Arquivo X: Histórias Inéditas, org. Jonathan Mabery
  45. Santuário dos Ventos, de George R. R. Martin e Lisa Tuttle
  46. O Milésimo Andar, de Katharine McGee
  47. Cinder, de Marissa Meyer (2x)
  48. Gigantes Adormecidos, de Sylvain Neuvel
  49. 1984, de George Orwell
  50. Felicidade para Humanos, de P. Z. Reizin
  51. Encarcerados, de Kim Stanley Robinson
  52. A Sexta Extinção, de James Rollins
  53. As Máquinas da Destruição, de Fred Saberhagen
  54. Coração de Aço, de Brandon Sanderson
  55. Encarcerados, de John Scalzi (3x)
  56. Head On, de John Scalzi
  57. Dimension of Miracles, de Robert Sheckley
  58. As Viagens de Gulliver, de Jonathan Swift
  59. A Ilha do Doutor Moreau, de H. G. Wells
  60. Where Late the Sweet Birds Sang, de Kate Wilhelm
  61. Interferências, de Connie Willis (6x)
  62. Pré-História do Futuro, de Stefan Wul
  63. Thrawn, de Timothy Zahn
  64. Nós, de Evguéni Zamiátin
Não-ficção internacional
  1. De Volta Para o Futuro, de Caseen Gaines
  2. Homo Deus, de Yuval Noah Harari
  3. A Verdadeira História da Ficção Científica, de Adam Roberts
Isto este mês foi um pouco melhor do que em meses anteriores e sim, até em Portugal, apesar de números totais idênticos aos de abril. Em todo o caso, houve comentários a três livros de FC portugueses e a um quarto livro que, não sendo de ficção científica, apresenta alguns elementos do género. É uma melhoria. Também houve mais comentários a não-ficção internacional e a ficção internacional, e apareceu um comentário a ficção angolana, algo a que nem sempre temos direito.

Mas onde realmente se notou uma melhoria significativa foi nos comentários à FC brasileira. Não se deixem enganar pelos números: sim, é verdade que em abril foram 20 e em maio 16, mas esses 20 correspondiam a apenas 6 livros, ao passo que este mês os livros subiram a 9. Mais expressivo ainda é o facto de após remover-se as referências oriundas aqui da Lâmpada restarem 5 obras em abril e 10 em maio. O dobro.

Será para continuar? É o que veremos nos próximos meses. Em todo o caso, continua a ser enorme a desproporção entre opiniões a material lusófono e a material estrangeiro, bem maior do que a que também existe entre a edição de material lusófono e estrangeiro. Há malta que faz gala de nunca ler (ou pelo menos nunca comentar) nada escrito por portugueses e brasileiros (ou só por portugueses ou só por brasileiros; para demasiada gente, dos dois lados do Charco Atlântico, é como se também na internet houvesse um oceano a separar Portugal e o Brasil, "impossibilitando-a" de chegar àquilo que vai saindo online), já para não falar dos escritores africanos que escrevem FC ou coisas que roçam por ela que, se existem, não se dão a conhecer.

Quando chegará o afrofuturismo aos PALOP? Sim, sim, o Agualusa. Mas o Agualusa é a exceção que confirma a regra, e o que ele faz é mais roçar pelo afrofuturismo do que mergulhar realmente nele.

Mas voltemos ao tema.

Essa desproporção, de resto, é ainda maior do que aparenta ser pela simples listagem de obras, porque se por um lado só uma obra, entre todo o material lusófono, apareceu mais que uma vez ao longo do mês, no caso do material traduzido tivemos dois livros a surgir seis vezes, um a surgir cinco vezes, mais dois a aparecer quatro vezes e por aí fora.

Mudará isto algum dia? Não falo do material lusófono passar a ser maioritário, que isso talvez nem sequer seja desejável, mas pelo menos de haver algum crescimento. Não sei, e duvido. Mas um dia gostaria de ver regularmente nestas listas cerca de 20 opiniões a coisas brasileiras e outras tantas a material português (ou talvez um pouco menos, que não temos assim tanta gente a produzir... e aqui tenho culpas no cartório, bem sei).

Impossível? Só enquanto não o tornarmos possível.

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