O Retrato Oval (bib.), de Edgar Allan Poe, é um conto curto de horror que acompanha um cavalheiro ferido, cujo criado arromba um castelo para lhe fornecer abrigo por uma noite. No castelo, o cavalheiro vai encontrar uma autêntica exposição de artes plásticas, incluindo até um volume que como que serve de catálogo, descrevendo e comentando os quadros. Um dos quadros, meio escondido num nicho, chama-lhe particularmente a atenção: o retrato oval do título. E é a descrição que se faz dele no tal volume que incute ao protagonista, com toda a força, o sentimento de horror.
Uma releitura completamente nova, esta. Quero com isto dizer que não me lembrava nada deste conto, apesar de ter a certeza de já o ter lido (nunca li este livro, mas li outro onde este conto está presente). Talvez pela sua extrema brevidade — não chega às 4 páginas — mas também talvez por não me ter agradado muito. Agora, pelo menos, não agradou. Sim, está bem escrito. Mas toda a situação me pareceu demasiado forçada, e a descrição do quadro torna desde o início o desfecho previsível, o que não seria particularmente grave se não fosse o facto dele estar concebido para obter um efeito de surpresa. Tudo somado, achei o conto mediano, não mais do que isso.
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