segunda-feira, 22 de março de 2010

Lido: O Terror

Sim, eu sei que ainda há dias houve um post com este título. Não estou a ficar maluco. É que O Terror (bib.) é também o título da coletânea de Arthur Machen em que O Terror, a novela, se insere. Aqui falo do livro como um todo.

E que dizer do livro como um todo? Que contém dois textos de duas fases bem distintas da vida do autor, separados por mais de vinte anos, mas que são curiosamente homogéneos no tipo de abordagem que seguem: há um mistério de cariz sobrenatural, numa zona rural do País de Gales, e um cavalheiro bem instalado na vida dedica-se a desvendá-lo. Que o primeiro desses dois textos na sequência do livro, aquele que foi escrito mais tarde, é muito melhor do que o segundo, que foi escrito mais cedo. Que, no entanto, é muito prejudicado pelo prefácio de Manuel João Gomes porque, sendo uma história de mistério, parte da sua força depende desse mistério não ser desvendado até ao final, e o prefácio torpedeia-o com grande eficácia ao falar duma sua adaptação ao cinema. Quem tenha visto o filme, ou até o conheça apenas de ouvir falar, depressa compreende o que se passa na novela. Não que o prefácio, o texto em si, seja mau. Mas nunca devia ter sido publicado como prefácio, mas sim como posfácio. Às vezes há detalhezinhos aparentemente insignificantes como este que têm um impacto considerável na experiência de leitura, prejudicando seriamente uma edição. Mas enfim, o livro vale a pena, apesar disso.

O que eu achei de cada um dos textos:

  1. O Terror
  2. A Pirâmide de Fogo

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