A Viúva Ester (bib.) é uma vinheta de António Barahona da Fonseca sobre uma mulher, a Viúva Ester, precisamente, que se vai isolando, fechando em si própria, até, segundo ela, morrer. Trata-se de fantástico; à moda de Todorov, porque fica a pairar a dúvida: terá a mulher morrido mesmo e será a história contada pelo seu fantasma? Ou será a afirmação da morte apenas uma figura de estilo, uma maneira de dizer que abandonou a sociedade, que para o mundo exterior é como se estivesse morta, apesar de biologicamente se manter viva? Ou serão essas duas opções apenas uma, na realidade? Trata-se de um conto bem escrito, como seria de esperar, e com o seu interesse, apesar de não me ter agradado assim muito. Não me parece ser dos melhores do livro, ainda que tampouco seja dos piores.
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