Contos Natal é mais uma das pequenas antologias temáticas editadas pela Rosto e distribuídas em conjunto com o DN. Avancei para a leitura desta com algum receio: contos natalícios correm sempre o sério risco de resvalar para o enjoativo e, pior, previsível dos bons sentimentos mui cristãos, recontando a enésima história, sempre igual, de bondade, altruísmo, caridade e abnegação movida a cristo.
Essa sensação de apreensão só saiu reforçada ao ler o primeiro conto, e logo do Eça de Queirós. Mas a verdade é que se atenuou com o segundo conto, que não tem nada a ver com esse tipo de história (e, diga-se de passagem, me pareceu o melhor dos cinco), embora tivesse voltado a intensificar-se mais para a frente.
Ao terminar a leitura do livro, acabei por achá-lo razoável. Razoável para o meu gosto, bem entendido; vários foram os contos de que não gostei particularmente, apesar de os considerar bons enquanto obras literárias. Simplesmente não funcionam bem para o leitor que sou. Suponho que tivesse sido inevitável incluir num livro como este das tais histórias que me causaram a apreensão com que parti para a leitura, mas conta a favor do selecionador (que nenhuma destas antologias identifica, o que é uma falha importante) o facto de não se ter limitado a elas. Por outro lado, gostaria de ter encontrado nestas páginas um pouco mais de fantástico; há algum, mas muito pouco, e o tema é propício.
Eis o que achei de cada um dos contos:
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