Verona: Fala Uma Rapariga é um conto do americano Harold Brodkey que descreve uma viagem. Narrado na primeira pessoa por uma rapariga, como o título indica, descreve os sentimentos e impressões dessa rapariga ao longo de uma viagem por Itália, que a família (ou, melhor dizendo, o pai, pois parece que só o pai teve voto nessa matéria) decide fazer. Uma viagem de ricos sem que, segundo ela, a família o seja. E que tem a sua apoteose quando ela como que se transforma em poleiro para um grande bando de pombos, numa imobilidade quase a rebentar de entusiasmo. E assim se descobre a felicidade.
E eu li e, ao acabar, acorreu-me a ideia que me ocorre com demasiada frequência ao ler contos mainstream: "e daí?" Porreiro, um conto sobre a infância, e daí? OK, um conto bem escrito, e daí? Que obtive eu disto? E a resposta é: nada. Há contos que, não sendo vazios, são-no para alguns dos seus leitores. Há contos que, mesmo se não forem medíocres, acabam por sê-lo para parte dos que os leem. E no universo das minhas leituras, ler este conto não aqueceu nem arrefeceu. Foram minutos de vida que se gastaram sem qualquer impacto. Dentro de dias estará completamente esquecido.
Meh.
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