domingo, 30 de agosto de 2015

Lido: (sem título - aforismos de Nuno Costa Santos)

Não sou fã de aforismos. É demasiado frequente que, ao lê-los, os sinta como desperdícios de boas ideias, que dariam contos interessantes e/ou divertidos se fossem desenvolvidas. Já o tinha dito, por outras palavras, durante a leitura de O Caçador de Étês e, como este texto é composto por aforismos, volto a dizê-lo agora, porque voltei a sentir o mesmo. Compreendo a atração para quem os escreve, especialmente se se trata de escritor para o qual a precisão exerce particular apelo: o aforismo, tal como o conto ultracurto e outras formas de limitação literária, funciona um pouco como um jogo no qual o escritor testa as suas capacidades no que toca a manusear a língua escrita. Há nesse tipo de texto um desafio implícito e por vezes mesmo explícito, e para muitos escritores esses desafios são irrecusáveis. Eu não funciono muito assim, mas compreendo. Enquanto leitor, no entanto, os aforismos sabem-me sempre a pouco. Foi mais uma vez o caso.

Textos anteriores deste livro:

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