O Homem mais Magro de Luanda é mais uma historieta de infância de Ondjaki, cujo tema é umas festarolas regadas a cerveja que haveria em casa de um tio do protagonista e um certo acontecimento mais ou menos funesto que terá tido lugar quando, um belo dia, o Vaz, o tal que era o homem mais magro de Luanda, lá apareceu.
É um continho cheio de subentendidos. Na verdade, começa-me a parecer que o mais interessante destas ficções de Ondjaki são precisamente esses subentendidos, a forma como, olhando o mundo com os seus olhos de adulto, mas através dos olhos de criança do seu protagonista / antigo eu, Ondjaki consegue fazer o leitor perceber coisas que o miúdo não percebe. Coisas de um mundo adulto bastante específico, que o protagonista das histórias vê, regista, mas não compreende de todo ou compreende apenas à sua maneira.
E isso é interessante. Mas continuo a achar que falta aqui qualquer coisa.
Contos anteriores deste livro:
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