John Chu está presente na antologia com um só conto, intitulado...
Incomplete Proofs. Trata-se de um conto de ficção científica que parece ter partido da seguinte ideia: que duas coisas consigo eu arranjar que estejam nos antípodas culturais uma da outra e como é que consigo fundi-las bem o suficiente para escrever uma história com base nelas? E o espantoso é que não só as encontrou como conseguiu uni-las. Chu pegou nas abstrusões da matemática teórica com uma mão, agarrou com a outra no mundo da moda e dos costureiros, amassou as duas coisas, e desarrincou um bizarro e divertido mundo em que a malta da moda trabalha para provar teoremas e depois passá-los na passerelle, residindo o génio (matemático? costureiro? as duas coisas?) em conseguir-se chegar ao fim do desfile com a roupinha (ou seja, as equações) intacta. Absurdo? Sim, certamente. Mas a verdade é que o conto está tão bem amarrado que se torna credível, por mais inverosímil que seja a ideia de base. É preciso talento. Um enorme talento.
Tiro o chapéu a John Chu, tentando esconder a inveja que dele salpica. Isto é fenomenal.
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