David Carani aparece só com uma história, de título
The Paradise Aperture. É um conto situado algures na fronteira entre a fantasia e a ficção científica, com uma boa ideia de base que, apesar de trazer reminiscências de muitas outras histórias, acaba por lhes dar uma volta razoavelmente original. O protagonista é um fotógrafo que corre o mundo em busca de umas peculiares portas azuis que, ao contrário de todas as outras portas, têm a propriedade especial de, em determinadas circunstâncias, se abrirem para mundos-bolsas. Portais para universos paralelos ou alternativos. É uma história romântica, pois o que faz mover o protagonista é, no fundamental, a procura pelo seu amor desaparecido algures naquele multiverso unido pelas portas azuis (o que me fez lembrar As Solitárias Canções de Laren Dorr, do Martin), mas Carani tem o mérito de ter conseguido ou querido incluir no seu conto alguma informação curiosa sobre as utilizações possíveis de tais artefactos na economia, o que acrescentou qualidades e profundidade à história. Dito isto, não gostei muito. Acabei a leitura com a sensação de que falta qualquer coisa a este conto para se transformar numa obra realmente boa.
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