Quando a publicar no blogue, coisa que que costuma acontecer poucos dias depois da edição no jornal, farei aqui o link que lhe é devido, mas até lá não resisto a citar um par de passagens:
"Todos nós somos mais complexos individualmente do que em interacção com os outros. Quer dizer que as nossas ideias são mais vagas, mais confusas e menos concretas do que quando nos colocamos em conflito. Em conflito, de repente, já todos nós somos certezas, vontades inequívocas e dogmas. Basta haver uma discussão para nos revelarmos assim.
[...]
Não paramos para nos perguntarmos "se somos tão diferentes como pode ser que lutamos pela mesma coisa?" Não; enquanto se calcificam em nós as certezas sobre as nossas próprias qualidades, o adversário vai já adquirindo na nossa cabeça características cada vez mais condenatórias."
Como seria de esperar, ele passa destas considerações gerais para o campo político, e fá-lo de uma forma soberba. Se puderem, não deixem de ler.
Excelente, Rui. Simplesmente magnífico.
Adenda: e já lá está. Podem ir ler.
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