Hoje acordei, e deparei com o twitter cheio de mais um chorrilho de insultos vindos de um editor amador que está aparentemente com necessidade de meter no nariz uns saizinhos de frutos para ver se se acalma.
Deitando fora o lixo, que foi muito, e francamente rasca, deixem-me responder a um par de questões com alguma validade. Mas antes, acho que é preciso reiterar uma coisa que, pelos vistos, não ficou suficientemente clara no que escrevi ontem:
Profissional é quem vive do seu trabalho. Nem mais, nem menos do que isso. Não é quem o faz bem (Há maus profissionais, e também há bons amadores. E maus. E péssimos.) Não é quem o faz mediaticamente. Não é quem o faz prestigiosamente. É quem vive dele.
E depois de deitar fora o lixo, fica uma pergunta válida: um escritor que publica pela Lulu é amador ou profissional?
Vamos por partes.
A Lulu é evidentemente uma empresa profissional, em que se misturam as vertentes editora com gráfica. Lida profissionalmente com os clientes e com as queixas que eles têm, o que começa com o mínimo dos mínimos que é não os insultar. E produz livros bem feitos, no contexto da tecnologia utilizada, e consoante aquilo que os clientes lhe fornecem como matéria prima.
Com a Lulu (e com outras empresas de print-on-demand) trabalham empresas e indivíduos. Algumas dessas empresas e indivíduos vivem desse trabalho, embora a esmagadora maioria não o faça. Ou seja, a esmagadora maioria de quem publica pela Lulu não é profissional. Uns serão semi-pro, mas a esmagadora maioria nem isso. São amadores. Mas há profissionais lá metidos no meio.
E é tão simples como isto. Nada a ver com qualidade; tudo a ver com origem do rendimento. Entenda quem tiver capacidade para tal.
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