Tenho andado a reparar numa tendência curiosa no material que chega e acaba publicado no Infinitamente Improvável: há por lá bicharada a dar com um pau.
A culpa é em parte minha, claro. Não só sou eu quem diz se as histórias sim ou sopas, como fui eu a inaugurar a presença de animais no ezine, com as ovelhas de Testemunhas. As intenções, juro, foram as melhores. Mas depois disso reincidi, com os mosquitos hipertecnológicos de Uma História Verdadeira, Segundo Quem ma Contou e o peixinho de prata radioativo de Quem Quer Ser Super-Herói?, o que não só já foi algo mal intencionado como me põe em primeiro plano no alinhamento dos culpados. Admito-o sem problemas. Ou com problemas, mas sem reservas. Mesmo que antes tenha aparecido O Gafanhoto do Álvaro Holstein. Mesmo assim.
Mas mais recentemente, a invasão animalesca tem sido um fartote. Especialmente sob a forma de ratazanas, oh, as ratazanas!, mas não só. E a culpa é de quem? De quem é? Do Miguel Hernâni Guimarães e da sua A Crise das Ratazanas, claro está, que eu tive de seguir com A Fome das Ratazanas. Teve mesmo de ser. E preparem-se porque o próximo conto a ser publicado também traz desses simpáticos bicharocos.
E com tanto roedor, até pode passar despercebida A Truta, do José Eduardo Lopes. Mas não devia, que não é lá por ser o primeiro peixe que merece menos atenção.
Ou seja, ele é mamíferos, ele é insetos, ele é peixes. Que virá a seguir? Passarada? Lagartagem? Alforrecas?
Atendendo aos antecedentes, já nada me surpreenderá.
E daí... se calhar surpreende.
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