sábado, 30 de novembro de 2013

Lido: Excertos de Cá Vai Lisboa

Cá Vai Lisboa, romance de um tal Alface que eu desconhecia mas, pelo exemplo junto, provavelmente não devia, é aqui representado por quatro excertos de cerca de uma página cada. São nacos de prosa muitíssimo bem escritos, onde se conjuga na perfeição um oralismo cheio daquela vivacidade que a fala tem e a literatura muitas vezes gostaria de ter mas não consegue, cheio também de toques de um castiço lisboeta que é bem capaz de estar perdido para sempre, com rios de uma ironia que consegue ser ao mesmo tempo fina e javardolas e uma sofisticação no uso da língua que não está ao alcance de muitos. Isto, literariamente, é muito bom. Muito mesmo. Só não sei, porque os excertos não são suficientes para o aferir, se também o é na história que conta. Parece ser uma história marcadamente popular, ao jeito da Crónica dos Bons Malandros do Zambujal, mas os excertos não são suficientes para se perceber se é boa ou má, se o enredo é interessante, etc. Parece ser divertida. E fiquei certamente curioso. Mas sem garantias.

Textos anteriores deste livro:

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