Eis o Drácula é um texto de José Alberto Braga que volta a ter graça, apesar de cair por vezes no trocadilho fácil que o autor tanto emprega. À primeira vista parece tratar-se no essencial de uma sequência de factoides sobre os vampiros, tal como eles nos são apresentados nas lendas e, principalmente, na literatura e cinema, e escritos e descritos com doses maciças de ironia. Há nele algumas verdadeiras pérolas. Um exemplo, que até nem é dos melhores: "A exemplo da nossa juventude, o vampiro é famoso por trocar a noite pelo dia". É assim, com tiradas deste género, algumas piores que esta, outras bastante melhores, que as suas duas páginas são gastas até quase ao fim.
Quase.
É que a última frase, seis palavrinhas apenas, transforma este texto num conto fantástico. Num conto fantástico que até tem o seu interesse enquanto tal, apesar do objetico principal ser simplesmente o divertimento do leitor. E isso dá-lhe uma nova dimensão. Deste gostei.
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