Athena Andreadis é mais uma autora (e não, não são só mulheres) que está presente com um único texto. Este:
The Wind Harp é uma space opera bastante tosca que pretende gerar interesse no leitor recorrendo a convolutas politiquices, cheias de traições, subterfúgios e tentativas de assassínio, nas altas esferas de domínios planetários inteiramente medievaloides. Não consegue. Pelo menos com este leitor que aqui está, decididamente, não consegue. Tudo isto é demasiado básico, demasiado cliché, demasiado sumário, para me despertar o mínimo interesse. Se penso que reduzir-se sociedades inteiras a intrigas de corte ou medições de forças entre exércitos é uma forma de destruir o que de complexo e fascinante um mundo de fantasia pode ter, por maioria de razão o mesmo penso quando se trata de ficção científica (ou de algo aparentado, pelo menos). Quando há mais do que isso (uma teoria do desenvolvimento das sociedades, como na Fundação de Asimov, preocupações ecológicas como nas Dunas de Herbert, e por aí fora), a coisa pode funcionar. Quando não há, e aqui não há mesmo, o resultado é mau. Muito mau.
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